Reformas no Ensino Superior

"O ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Mariano Gago, anunciou, esta semana, no Parlamento, cinco novas medidas de alteração ao modelo da universidade portuguesa, algumas das quais serão executadas nos próximos seis meses.
A intervenção do governante, realizada durante um debate na Assembleia da República, teve como intuito informar os deputados sobre a intenção do Governo de racionalizar a oferta de cursos, enquadrada na alteração ao modelo de gestão das universidades, e proceder à revisão do regime de ingresso em Medicina, o curso mais problemático no acesso.

Ações que visam segundo este responsável atribuir maior autonomia, responsabilidade e diferenciação às instituições universitárias, sem que isso represente um aumento da despesa orçamental.

Mariano Gago defende que o “actual modelo de universidade pública inserida como está na administração do Estado já não serve o país”, pelo o ministro irá apresentar em breve uma proposta de reforma do modelo jurídico do Ensino Superior.

Acções que incluem também a revisão dos regimes especiais de acesso à universidade, uma vez que o actual regime é considerado “injusto”, já que “há estudantes que se esforçam por ter boas notas preteridos por outros pelo simples facto de pertencerem a um grupo especial, independentemente do seu sucesso escolar, que passam à frente deles, isso não pode ser aceite”, explicou no final do debate aos jornalistas.

Sem, no entanto, querer eliminar por completo este regime, Gago afirmou que a haver “terá de ser consensual, conhecido de todos e aceite como excepção”.

Universidades obrigadas a divulgar saídas profissionais dos cursos
Outra das medidas previstas pelo ministério de imposição às universidades assenta no facto da necessidade das mesmas passarem a divulgar as colocações dos seus antigos alunos, isto porque o ministro quer implementar um sistema de “recolha e divulgação de informação sobre o emprego dos diplomados de cada instituição de Ensino Superior nos últimos anos”.

Uma informação que o ministro deseja “clara e transparente” e que deverá estar disponível às famílias e aos alunos, de modo a que “estes saibam qual foi o destino, nos primeiros anos de vida profissional, dos anteriores alunos”.

Na génese desta medida está segundo Mariano Gago a “disponibilização pública, a qualidade e a comparabilidade dessa informação essencial”, que revela, em primeira instância, aos candidatos o grau de empregabilidade dos cursos a que concorrem.

Com entrada em vigor agendada para o próximo concurso de acesso ao ensino superior, resta para já encontrar a forma como a informação será disponibilizada. De acordo com o ministro, há várias experiências no estrangeiro que podem ser usadas como padrão. Metodologias internacionais utilizadas em muitos países, que disponibilizam dados como o primeiro emprego, a remuneração e os segundos empregos dos licenciados."

in Jornal QualidadeOnline

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