Sobre o estado do Estado da Actualidade

Sobre o estado do Estado da Actualidade, a minha voz.

Muito nos queixamos desde cantinho à beira-mar, mas a verdade é que raramente se vê uma união de forças significativa que possa, de facto, melhorá-lo. Criticamos muito; fazemos pouco. Ou nada.

Podemos ver que, quando se decide juntar uma massa popular, normalmente não há objectivos concisos, o que, da minha parte, faz com que perca sentido. Manifestemo-nos, sim, mas com lógica. 
Revejo o caso recente da Manifestação da "Geração à rasca": sem objectivos concisos, sem uma estratégia, pouco mais foi do que mandar achas para uma fogueira já grande, sem apresentar soluções possíveis para apagar o fogo. Posso até dizer que, para muitos, foi apenas um passeio de sábado à tarde e que depois foram todos, os amigos, para o café - gastar o dinheiro que não ganham, porque não têm emprego.

Empregos existem, mas não são de áreas de estudo superiores ou técnicas superiores. Acho bem que nos sintamos revoltados ao trabalhar numa loja de um centro comercial, quando temos uma licenciatura ou até um mestrado, mas toda a gente deve começar por baixo. E mais, todas as experiências de trabalho no dão traquejo para o futuro e nos garantem mais experiência laboral.

Assim, que essa revolta, tristeza, desalento ou o que for, nos alimente de uma forma mais positiva e útil: que nos sirva de força motriz para que continuemos a lutar por aquilo que queremos.
Falta-nos essa humildade - de começarmos por baixo, de nos valorizarmos por nós mesmos.
E mais: mais nos vale termos um salário de 500 € que seja certinho do que 1000 € que só apareça no primeiro mês.

Bem vistas as coisas, e já que falamos em reformas estruturais actualmente, todo o sistema educativo teria que ser revisto, desde a educação infantil até ao ensino superior, para que se adequasse às capacidades das pessoas em cada idade e ainda aos mercados do país.

Quanto ao panorama político, estava mais do que visto que, com ou sem demissão do Primeiro Ministro, iríamos precisar de ajuda externa. E com essa ajuda, viriam as medidas austeras do PEC IV - que os partidos da oposição tanto se debateram para chumbar. Nota: mesmo antes de se saber ao certo que medidas seriam, já afirmavam convictamente que o iriam chumbar. Portanto, a crise política será mais da responsabilidade dos partidos da oposição do que do Governo. - que, mal ou bem, estava a tomar medidas necessárias (tardiamente, todos sabemos). 


Portanto, apela-se à consciência colectiva: pensem nas coisas, arranjem possíveis soluções e "enfrentem o touro pelos cornos".

Comentários

Eloísa disse…
Alda, como eu te amo, miúda! :D

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