Descoberta de fóssil de crustáceo revela Antárctida com clima mais quente
Os Vales Secos na Antárctida parecem imutáveis. (...) Mas um grupo de cientistas do Reino Unido e dos Estados Unidos descobriu fósseis com 14 milhões de anos de um tipo de crustáceos chamados ostracode. A descoberta obriga os investigadores a imaginar aquela paisagem agora inóspita como uma região com vegetação, lagos e com um clima mais temperado.
“Na Antárctida é a primeira vez que se encontram fósseis destes”, disse Mark Williams do departamento de Geologia da Universidade de Leicester, referindo-se aos fósseis de um milímetro de comprimento, que pertenciam a organismos que viviam em lagos.
No Monte Bóreas, situado na ponta do vale McKelvey, um dos três que formam a região, os cientistas encontraram outros fósseis. (...) os ostracode [foram os] que surpreenderam os investigadores: “Temos pernas, partes bucais e os órgãos reprodutores. Até conseguimos ver os pêlos das pernas”, disse o geólogo, entusiasmado com o grau de conservação dos fósseis.
A segunda surpresa é que a descoberta obriga a rever a cronologia climática do continente. “A presença de ostracode que vivem no lago a estas latitudes - 77 graus Sul - é notável. Na distribuição moderna, os mais a sul estão a 60 graus”, explica o investigador. (...)
Segundo Adam Lewis da Universidade do Dacota do Norte, nos Estados Unidos, em 250 mil anos os glaciares que rodeavam aquela área deixaram de alimentar os lagos, o clima arrefeceu e gradualmente a região foi se tornando como hoje a conhecemos. "Passado 13,8 milhões de anos não existe água, é seco e frio”, disse o investigador à BBC News.
A descoberta foi publicada na revista científica “Proceedings of the Royal Society B” e vai ajudar a compreender a evolução do clima terrestre. “Temos este enorme salto climático que aconteceu há cerca de 14 milhões de anos, quando os oceanos se reorganizaram e a Antárctida congelou”, explica Williams. Para o investigador, os fósseis precedem a mudança e são o seu testemunho.
Fonte: Público Online (adaptado)
“Na Antárctida é a primeira vez que se encontram fósseis destes”, disse Mark Williams do departamento de Geologia da Universidade de Leicester, referindo-se aos fósseis de um milímetro de comprimento, que pertenciam a organismos que viviam em lagos.
No Monte Bóreas, situado na ponta do vale McKelvey, um dos três que formam a região, os cientistas encontraram outros fósseis. (...) os ostracode [foram os] que surpreenderam os investigadores: “Temos pernas, partes bucais e os órgãos reprodutores. Até conseguimos ver os pêlos das pernas”, disse o geólogo, entusiasmado com o grau de conservação dos fósseis.
A segunda surpresa é que a descoberta obriga a rever a cronologia climática do continente. “A presença de ostracode que vivem no lago a estas latitudes - 77 graus Sul - é notável. Na distribuição moderna, os mais a sul estão a 60 graus”, explica o investigador. (...)
Segundo Adam Lewis da Universidade do Dacota do Norte, nos Estados Unidos, em 250 mil anos os glaciares que rodeavam aquela área deixaram de alimentar os lagos, o clima arrefeceu e gradualmente a região foi se tornando como hoje a conhecemos. "Passado 13,8 milhões de anos não existe água, é seco e frio”, disse o investigador à BBC News.
A descoberta foi publicada na revista científica “Proceedings of the Royal Society B” e vai ajudar a compreender a evolução do clima terrestre. “Temos este enorme salto climático que aconteceu há cerca de 14 milhões de anos, quando os oceanos se reorganizaram e a Antárctida congelou”, explica Williams. Para o investigador, os fósseis precedem a mudança e são o seu testemunho.
Fonte: Público Online (adaptado)
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